APOPHIS - Asteróide à Caminho da Terra
Causou um breve período de
preocupação em dezembro de 2004, Num primeiro momento, os cientistas avaliaram em 2,7%
(uma em 45) a probabilidade de uma colisão catastrófica com a Terra em 2029. “ O asteroide passará tão perto de nós que mudará a órbita do
centro de gravidade da Terra", explicou o professor Alan Fitzsimmons,
astrônomo da Queen's University, em Belfast.
Observações adicionais
melhoraram as predições e eliminaram a possibilidade de um impacto na Terra ou na Lua em 2029. Entretanto, uma possibilidade
ainda existe de que na passagem de 2029 o Apophis venha a passar por uma fenda
de ressonância gravitacional, uma região precisa não maior que 600 metros,
causaria um impacto direto em 13 de abril de 2036. Esta possibilidade mantém o
asteróide no Nível 1 da escala de perigo de impacto de Turim. Até agosto
de 2006, ele quebrou o recorde de maior nível na escala de Turim, estando, por
um espaço curto de tempo, no nível 4, antes de ser rebaixado para 1 e depois
para 0. Observações adicionais mais recentes da trajetória do Apophis revelaram
que a fenda provavelmente não será atingida, assim, em agosto de 2006 o Apophis
foi rebaixado para nível 0 na escala de Turim.
Depois desta passagem ele irá retornar para outra passagem
próxima à Terra em 2036. Já a chance de colisão com a Terra em 2036
é de 1 em 250 mil, de acordo com novos cálculos realizados por Steve Chesley e
Paul Chodas, do Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato) da
NASA, em Pasadena, na Califórnia, com base em novas técnicas de análise de
dados. A estimativa anterior falava em 1 em 45 mil. Uma data de impacto
adicional em 2037 também foi identificada e a probabilidade para este encontro
foi calculada como sendo 1 em 12,3 milhões.
Muitos cientistas concordam que o
Apophis merece ser vigiado de perto e, para isto, em fevereiro de 2008 a
Planetary Society deu um prêmio de US$50.000 para companhias e estudantes que apresentassem projetos para sondas
espaciais que colocariam um
dispositivo de rastreamento sobre ou próximo do asteróide
No entanto, novos cálculos feitos pela NASA em 2009,
após um sobrevoo perto do asteroide, preveem a passagem de Apophis a 22.208
quilômetros da Terra na sexta feira , 13
de abril de 2029 e Passará
entre as órbitas de satélite de comunicação geosincronos. Trata-se
da menor distância observada nos tempos modernos. A
aproximação de 2029 irá alterar substancialmente a órbita do objeto, tornando
as predições muito incertas sem maiores dados. Grande
parte dos novos dados que permitiram recalcular a órbita do Apophis foi obtida
a partir de observações feitas pelo astrônomo Dave Tholen e sua equipe, no
Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.
Baseado no brilho observado, o tamanho do Apophis foi
estimado como de 450 metros; uma estimativa mais refinada baseada nas
observações espectroscópicas do Telescópio de Infravermelho da Nasa no Havaii, feito por Binzel, Rivkin,
Bus e Tokunaga (2005) é de 350 metros.
PSSÍVEIS EFEITOS DO IMPACTO
Os efeitos exatos de qualquer impacto variam bastante
dependendo da composição do asteroide, localização e ângulo do impacto.
Qualquer impacto será extremamente danoso a uma área de milhares de quilômetros
quadrados, mas seria bastante improvável que tivesse efeitos globais
duradouros, como o início de um inverno de impacto.
A Nasa estimou inicialmente que a energia que o Apophis
liberaria se atingisse a Terra como equivalente a 1.480 megatons de
TNT. Uma estimativa da Nasa posterior, mais refinada, era
de
880 megatons. O impacto que criou a
Cratera de Barringer ou causou o
evento de tunguska são estimados como estando no intervalo de
3–10 megatons. A erupção de 1883 do Krakatoa foi equivalente a quase
200 megatons.
A estimativas
do caminho do Apophis é um corredor estreito com algumas milhas de largura,
chamado de caminho de risco, que inclui a maior parte do sul da Rússia, através
do
Pacífico norte (relativamente próximo da costa da Califórnia e México), então bem entre a Nicarágua e Costa Rica, cruzando o norte da Colômbia e Venezuela, terminando no Atlântico, um pouco antes de atingir a África.
Pacífico norte (relativamente próximo da costa da Califórnia e México), então bem entre a Nicarágua e Costa Rica, cruzando o norte da Colômbia e Venezuela, terminando no Atlântico, um pouco antes de atingir a África.
Usando a ferramenta de simulação NEOSim, foi estimado que um
impacto hipotético do Apophis em países como a Colômbia e Venezuela, que estão
no caminho de risco, levariam a mais de 10 milhões de fatalidades.
Um impacto a vários milhares de milhas da costa oeste dos Estados Unidos produziria
um tsunami devastador.
Apophis - apesar da sua relativa segurança, ele continua a
ser visto como um objeto cômodo para treinar um "contra-ataque". Os
planos para o futuro da Agência Espacial Federal, nomeadamente, previam o envio
de uma estação automática para o asteroide que iria colocar uma rádio baliza na
sua superfície. Os seus sinais poderiam permitir a monitorização das alterações
à sua órbita com uma grande precisão. Outra possibilidade era obrigar o
asteroide a alterar a sua órbita sob ação de outro asteroide, mais pequeno, que
seria enviado para a trajetória de colisão com a ajuda de um aparelho
"motor" espacial. Esse método está a ser estudado teoricamente num
laboratório criado no Instituto de Eletrônica e Matemática de Moscou sob
direção do cientista estadunidense David Dunham.
Em 08dejaneiro de 2013,o Apophis passou a 14 milhõesde
quilômetros da Terra, assimmesmo, considerado bastante perto. Confira
reportagem em vídeo da Globo.
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