quinta-feira, 1 de maio de 2014

APOPHIS - Asteróide   à Caminho da Terra

Apophis é um asteroide descoberto em 2004, o asteroide tem 270 metros de diâmetro, o equivalente a três campos de futebol. O asteroide, vem sendo chamado de Apophis  em homenagem ao demônio egípcio da destruição e da escuridão, poderia colidir com a Terra com a força de 100 bombas nucleares.

Causou um breve período de preocupação em dezembro de 2004, Num primeiro momento, os cientistas avaliaram em 2,7% (uma em 45) a probabilidade de uma colisão catastrófica com a Terra em 2029. “ O asteroide passará tão perto de nós que mudará a órbita do centro de gravidade da Terra", explicou o professor Alan Fitzsimmons, astrônomo da Queen's University, em Belfast.
Observações adicionais melhoraram as predições e eliminaram a possibilidade de um impacto na Terra ou na Lua em 2029. Entretanto, uma possibilidade ainda existe de que na passagem de 2029 o Apophis venha a passar por uma fenda de ressonância gravitacional, uma região precisa não maior que 600 metros, causaria um impacto direto em 13 de abril de 2036. Esta possibilidade mantém o asteróide no Nível 1 da escala de perigo de impacto de Turim. Até agosto de 2006, ele quebrou o recorde de maior nível na escala de Turim, estando, por um espaço curto de tempo, no nível 4, antes de ser rebaixado para 1 e depois para 0. Observações adicionais mais recentes da trajetória do Apophis revelaram que a fenda provavelmente não será atingida, assim, em agosto de 2006 o Apophis foi rebaixado para nível 0 na escala de Turim.
Depois desta passagem ele irá retornar para outra passagem próxima à Terra em 2036. Já a chance de colisão com a Terra em 2036 é de 1 em 250 mil, de acordo com novos cálculos realizados por Steve Chesley e Paul Chodas, do Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA, em Pasadena, na Califórnia, com base em novas técnicas de análise de dados. A estimativa anterior falava em 1 em 45 mil. Uma data de impacto adicional em 2037 também foi identificada e a probabilidade para este encontro foi calculada como sendo 1 em 12,3 milhões.
Muitos cientistas concordam que o Apophis merece ser vigiado de perto e, para isto, em fevereiro de 2008 a Planetary Society deu um prêmio de US$50.000 para companhias e estudantes que apresentassem projetos para sondas espaciais que colocariam um dispositivo de rastreamento sobre ou próximo do asteróide
No entanto, novos cálculos feitos pela NASA em 2009, após um sobrevoo perto do asteroide, preveem a passagem de Apophis a 22.208 quilômetros da Terra na sexta feira ,  13 de abril de 2029 e  Passará entre as órbitas de satélite de comunicação geosincronos. Trata-se da menor distância observada nos tempos modernos. A aproximação de 2029 irá alterar substancialmente a órbita do objeto, tornando as predições muito incertas sem maiores dados. Grande parte dos novos dados que permitiram recalcular a órbita do Apophis foi obtida a partir de observações feitas pelo astrônomo Dave Tholen e sua equipe, no Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.

Baseado no brilho observado, o tamanho do Apophis foi estimado como de 450 metros; uma estimativa mais refinada baseada nas observações espectroscópicas do Telescópio de Infravermelho da Nasa no Havaii, feito por Binzel, Rivkin, Bus e Tokunaga (2005) é de 350 metros.
               
PSSÍVEIS EFEITOS DO IMPACTO

Os efeitos exatos de qualquer impacto variam bastante dependendo da composição do asteroide, localização e ângulo do impacto. Qualquer impacto será extremamente danoso a uma área de milhares de quilômetros quadrados, mas seria bastante improvável que tivesse efeitos globais duradouros, como o início de um inverno de impacto.

A Nasa estimou inicialmente que a energia que o Apophis liberaria se atingisse a Terra como equivalente a 1.480 megatons de  TNT. Uma estimativa da Nasa posterior, mais refinada, era
de 880 megatons. O impacto que criou a Cratera de Barringer ou causou o evento de tunguska são estimados como estando no intervalo de 3–10 megatons.  A erupção de 1883 do Krakatoa foi equivalente a quase 200 megatons.

A estimativas do caminho do Apophis é um corredor estreito com algumas milhas de largura, chamado de caminho de risco, que inclui a maior parte do sul da Rússia, através do
Pacífico norte (relativamente próximo da costa da Califórnia e México), então bem entre a Nicarágua e Costa Rica, cruzando o norte da Colômbia e Venezuela, terminando no Atlântico, um pouco antes de atingir a  África.
Usando a ferramenta de simulação NEOSim, foi estimado que um impacto hipotético do Apophis em países como a Colômbia e Venezuela, que estão no caminho de risco, levariam a mais de 10 milhões de fatalidades. Um impacto a vários milhares de milhas da costa oeste dos Estados Unidos produziria um tsunami devastador.

Apophis - apesar da sua relativa segurança, ele continua a ser visto como um objeto cômodo para treinar um "contra-ataque". Os planos para o futuro da Agência Espacial Federal, nomeadamente, previam o envio de uma estação automática para o asteroide que iria colocar uma rádio baliza na sua superfície. Os seus sinais poderiam permitir a monitorização das alterações à sua órbita com uma grande precisão. Outra possibilidade era obrigar o asteroide a alterar a sua órbita sob ação de outro asteroide, mais pequeno, que seria enviado para a trajetória de colisão com a ajuda de um aparelho "motor" espacial. Esse método está a ser estudado teoricamente num laboratório criado no Instituto de Eletrônica e Matemática de Moscou sob direção do cientista estadunidense David Dunham.

Em 08dejaneiro de 2013,o Apophis passou a 14 milhõesde quilômetros da Terra, assimmesmo, considerado bastante perto. Confira reportagem em vídeo  da Globo.

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