sábado, 29 de janeiro de 2011

COSTUMES NO ORIENTE MEDIO

COSTUMES NO ORIETE MEDIO
(Do livro “Egito – uma viagem ao berço de nossa civilização”)

Alguns costumes egípcios, bastante estranhos sob o ponto de vista ocidental:
No Egito, para o muçulmano, a mão direita é usada para fins nobres, ao passo que a mão esquerda é considerada "suja", por ser utilizada para fins negativos e menos nobres, como lavar o ânus. A seguir são descritos alguns costumes egípcios:

O beijo: Em público, os beijos entre casais são proibidos. A desobediência a essa lei pode levar o indivíduo à delegacia de polícia. Ou à casa do pai da moça, para explicações, se ela não for casada. O beijo entre casais é proibido em publico, para não despertar "imaginações impuras", mas é comum o beijo entre os homens.

Homens andam de mãos e braços dados. Às vezes, só com o dedo "mindinho".



As moças egípcias, em princípio, casam virgens. Não é permitido à moça solteira manter conversa com homens.

Nas escolas, os meninos sentam em bancos separados das meninas.

Segundo os árabes, "a mulher é uma flor tenra que precisa ser preservada". Por isso o uso do purdah (véu), que esconde os cabelos das mulheres.

A mulher muçulmana casada, no Egito, não mostra seus cabelos a não ser para o marido e pessoas da família.

É grande o número de egípcios, de ambos os sexos, que vestem as longas túnicas, as galabeyias.

Há mulheres que vestem galabeyias pretas, que é uma demonstração de fidelidade ao marido.

Antigamente, uma punição exemplar para os egípcios era cortar seu bigode à força, o que causava uma vergonha enorme.


É comum mulheres, as mais ricas, usarem uma penca de pulseiras de ouro em cada braço.

O uso ostensivo de jóias no Egito é possível pela inexistência de assaltantes. A lei é rigorosa, existe a pena de morte e não há essa demagogia, como no Brasil, em que grupos de defesa dos direitos humanos


Com 30 dias de duração, o nono mês do calendário árabe, o ramadã, é o mês das preces e do jejum. O fiel muçulmano, durante o dia, fica proibido de comer ou ingerir qualquer tipo de líquido, a não ser por ordem médica. A relação sexual também é proibida durante o dia.

Os homens também usam camisas e blusas enfeitadas, sapatos floridos, às vezes na cor vermelha berrante ou, até, rosa.

Os táxis andam enfeitados, muitos parecendo uma árvore de Natal ambulante

A pechincha, no Egito, é fundamental. Sabendo que você é estrangeiro, eles sempre jogam os preços nas nuvens.

A circuncisão é praticada entre os árabes e judeus. Aquele cortezinho no "peru" do menino,com finalidade de tornar mais higiênico esse importante apêndice masculino, fazendo com que o prepúcio se "descasque" com mais facilidade. Para a limpeza e para o ato sexual.

Circuncisão aplicada às meninas no interior do Egito ainda é muito comum. Consiste em se cortar um pedaço do clitóris da menina, para ela não sentir prazer sexual quando crescer.

Os árabes não comem carne de porco (Dizem que é impura), animal que tenha morrido de morte natural, ou alimento feito com sangue.

No Egito existe a pena de morte, feita por enforcamento.

O SEGREDO DO PENSAMENTO POSITIVO

O SEGREDO DO PENSAMENTO POSITIVO
(Texto: Michele Veronese)

Pense. Em qualquer coisa. Numa casa, por exemplo. Imagine-a pintada de branco, com janelas azuis e cercada por um terraço com escadas que levam a um jardim. Ali estão margaridas, girassóis e uma árvore frondosa. Nos 10 segundos que você levou para chegar até aqui, uma avalanche de sinais nervosos ocorreu no seu cérebro. No córtex (camada periférica dos hemisférios cerebrais), milhares de neurônios foram acionados e trocaram informações em frações de segundo.

Arquivos de memória foram vasculhados e, sem que você pudesse controlar ou prever, a imagem de uma casa surgiu em sua mente. Por isso, você deve ter sentido um bem-estar, uma vontade de possuir essa casa de verdade. Dentro de nossa caixa craniana ocorrem milhares de outros processos - esse que você acabou de perceber é o que podemos chamar de pensamento positivo, uma idéia que, nas prateleiras das livrarias, vem ganhando contornos de magia.

O pensamento positivo não vai engordar sua conta bancária do dia para a noite. Nem fará carros e diamantes orbitar ao seu redor. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ESTRANHAS PENAS DE MORTE

Em um passado não muito distante, os tribunais executavam os condenados de maneiras brutais.
A maioria dos países já aboliu a pena de morte, mas, de acordo com a Anistia Internacional, 78 nações ainda promovem execuções de criminosos. Outras 22 prevêem a pena, mas não a aplicaram nos últimos dez anos. A boa notícia é que 83 países sequer cogitam utilizá-la e 13 só mantêm a punição para crimes de guerra. O Brasil, que adotou a pena capital até o século 19, está nesse último grupo. Nosso Código Penal Militar não perdoa os combatentes que cometem crimes como a fuga em presença do inimigo. Nesses casos, o Presidente da República deve aprovar a execução, que ocorre por fuzilamento. Mas como não somos chegados a uma guerra, essa situação é quase impossível.

Aqui estão algumas penas capitais bizarras, com base no sofrimento causado às vítimas.


APEDREJAMENTO
ONDE - Afeganistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Nigéria, Paquistão e Sudão
QUANDO - Do século 2 até hoje
PUNE O QUÊ? - Adultério
Com a lei islâmica, a Sharia, não tem brincadeira. As pessoas casadas que pulam a cerca são enterradas — as mulheres até o peito, os homens da cintura para baixo — e alvejadas pelo povão com pedras pequenas, até a morte. Se o traidor não for oficialmente casado, o castigo é mais leve: cem chibatadas

ESMAGAMENTO POR ELEFANTE

ONDE - Sudeste Asiático
QUANDO - Até o século 19
PUNE O QUÊ? - Crimes militares
Os réus tinham a cabeça esmagada pelas patas de elefantes, animais que pesam 9 toneladas. Registros desse método paquidérmico aparecem em livros do século 17, como o que foi escrito em 1681 pelo expedicionário inglês Robert Knox. Durante uma viagem ao Ceilão – atual Sri Lanka – ele testemunhou uma execução

EMPALAMENTO

ONDE - Oriente Médio e Europa
QUANDO - Da Antiguidade à Idade Média
PUNE O QUÊ? - Crimes contra o Estado
Dos persas aos suecos, muitos governantes foram adeptos do doloroso método de introduzir um bastão de madeira pontudo pelo ânus do condenado. Em alguns casos, depois de empalada, a vítima ainda era espetada ao chão, onde ficava até morrer. O bastão impedia a saída do sangue, prolongando a agonia



ESFOLAMENTO

ONDE - Oriente Médio e Europa
QUANDO - Até o século 1
PUNE O QUÊ? - Crimes religiosos
A retirada da pele era uma maneira nada sutil de tirar também a vida do condenado. Conta-se que São Bartolomeu, um dos 12 apóstolos de Jesus, foi esfolado antes de ser crucificado no século 1, por ordem do rei armênio Astiages. O afresco do Juízo Final que Michelangelo pintou na Capela Sistina, no Vaticano, também exibe um cadáver esfolado


ESTRIPAÇÃO

ONDE - Japão, Espanha, Inglaterra
QUANDO - Idade Média e Moderna (até o século 16)
PUNE O QUÊ? - Desonra e pecados religiosos
Por um corte na barriga, o réu tem seus órgãos internos arrancados um a um. Primeiro o intestino delgado, depois o grosso, então o fígado... O método foi empregado pela Inquisição espanhola. No Japão, era comum para liquidar samurais: aqueles que não cometiam haraquiri — o tipo de suicídio em que se rasga a barriga com uma espada — eram mortos desse jeito

FERVURA
ONDE - Europa
QUANDO - Idade Média e Moderna (até o século 16)
PUNE O QUÊ? - Tentativas de envenenamento
O condenado era colocado em água ou óleo e fervido até a morte. O processo podia durar até duas horas. Mesmo os frios britânicos aprovaram a escaldante pena de morte em 1531, quando o rei Henrique VII mandou para o caldeirão o cozinheiro Richard Rosse, acusado de ter envenenado a comida de um bispo

ESQUARTEJAMENTO
ONDE - Europa
QUANDO - Idade Média
PUNE O QUÊ? - Crimes contra o Estado
Os braços eram presos a uma árvore, enquanto as pernas ficavam amarradas a cavalos ou burros, atiçados para andar até deslocar e arrancar os membros da vítima. Havia também máquinas de madeira feitas especialmente para modernizar o martírio: ao rodar uma manivela, o carrasco separava os membros dos condenados


RODA DA MORTE

ONDE - Europa
QUANDO - Idade Média
PUNE O QUÊ? - Crimes religiosos e contra o Estado
Com braços e pernas amarrados em traves, o réu tinha os ossos quebrados com marteladas. Com o corpo amolecido, seus membros eram entrelaçados nos raios de uma roda que era pendurada em um poste. Nos dias seguintes, o cadáver servia de alimento para as aves de rapina.
(http://dominacaoglobal.wordpress.com/2009/04/23/curiosidade-as-penas-de-morte-mais-estranhas/)

sábado, 15 de janeiro de 2011

CURIOSIDADES GEOGRÁFICAS:

• Os maiores rios do mundo : Amazonas, com 6.868 km e Nilo com .695 km.
• Menor fronteira do mundo: a que separa o Vaticano de Roma. ( 4.07km)
• Maior cadeia montanhosa do planeta: Os Himalaias que Inclui a montanha mais alta do mundo, o Everest, com 8.848 metros.
• Maior deserto do mundo: Saara, com mais de 9.260.000 km2 de superfície.
• Maior superfície alagada do mundo: O Pantanal brasileiro com maior diversidade de seres vivos.
• Local mais quente do mundo: África Setentrional (norte) _ na Líbia onde se encontra o local mais quente do mundo, onde a temperatura pode atingir os 58 ºC. O local chama-se El Azizia e a temperatura foi registrada em 13/09/1922.
• Temperaturas mais baixas da Terra: Em Vostok, na Antártida, foram registradas as temperaturas mais baixas da Terra, chegando a 88 ºC abaixo de zero.
• Qual era a capital do Brasil?: A primeira capital do Brasil foi Salvador. Em 1763, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, Em 1961, o Rio de Janeiro perdeu o título de Capital Federal para a Cidade de Brasília.
• Maior país do mundo: A Rússia é territorialmente o maior país do mundo, com uma área total de 17.045.400 km2

AURORA BOREAL

Explicação científica para Aurora Boreal:

São fenómenos luminosos que ocorrem nas zonas polares (Polo Norte - Aurora Boreal e Polo Sul - Aurora Austral). Originam-se quando as partículas electricamente carregadas, transportadas pelo vento solar, chocam a grande velocidade com os átomos e moléculas da atmosfera terrestre. Um dos espetáculos mais emocionantes a ser apreciado.

Os choques provocam a excitação dos átomos e das moléculas que emitem um fotão luminoso, quando se descarregam.

As auroras boreais mais comuns têm uma cor verde-amarelada, e resultam do choque com átomos de oxigénio a alturas de entre 90 e 150 quilómetros.

Também as auroras vermelhas, que ocasionalmente aparecem acima das verdes, são produzidas pelos átomos de oxigénio, enquanto que as azuis se devem aos iões das moléculas de hidrogeno. Podem ser visualizadas, no período noturno ou final de tarde, a olho nu. São verdadeiros shows de luzes coloridas e brilhantes.
As auroras boreais produzem-se tanto no Inverno como no Verão, mas são invisíveis à luz de dia e, por isso, não se vêm no Verão.

As épocas em que há mais probabilidades de vê-las são em Setembro – Outubro e Fevereiro – Março, a partir das 9 da noite, sendo que a melhor hora é por volta das 23:30.

A investigação finlandesa sobre a aurora boreal está centralizada em Sodankylä (100 km a norte de Rovaniemi) e em Nurmijärvi (a 50 km de Helsínquia)
(www.visiteurope.com)

A aurora boreal pode surgir em vários formatos como pontos luminosos, faixas no sentido horizontal ou circular.

A palavra finlandesa que define a aurora boreal, "revontuli", vem de uma fábula lapã ou saami. "Repo" significa raposa (diminutivo) e "tuli" fogo.
Sendo assim, o "revontuli" significa "fogo da raposa".

Também ocorre em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Marte, Vênus e Saturno.
O local onde há maior incidência da noite polar é na Lapônia Finlandesa.
As cores podem variar bastante como, por exemplo, vermelha, laranja, azul, verde e amarela. Muitas vezes surgem em várias cores ao mesmo tempo.

MITOS:

Os asiáticos acreditam que quem tenha visto a Aurora Boreal viverá feliz o resto da sua vida. Especialmente, acredita-se que seja uma fonte de fertilidade.

Na Antigüidade, os nativos do Alasca atribuíam a estas luzes significados místicos: pensavam que eram luzes que as almas velhas acendiam para guiar os recém-falecidos a caminho do outro mundo ou que eram batalhas entre deuses.

Máximo Solar:
O ciclo solar leva em média 11 anos entre um máximo solar e o outro.
Há dias em que as luzes são tão claras que você pode ler um livro à noite. Elas são mais claras que a lua cheia.

O último máximo solar ocorreu em 2000. Segundo a Nasa, o próximo, que ocorrerá em 2012, deve ser o maior desde 1958, quando a aurora boreal surpreendeu os habitantes do México com três ocorrências. Este ano de 2012 vai ser um dos melhores para se observar a aurora, graças ao pico do ciclo solar.

A CIDADE DE TROMSO - NORUEGA E A CAPITAL MUNDIAL DA AURORA BOREAL.

Em 2012, espera-se que as luzes da aurora possam ser vistas até a latitude de Roma. No entanto, caso seja de fato tão intenso, o fenômeno poderá causar problemas a telefones celulares e sistemas de GPS pela liberação de energia num grau mais elevado.

Link do Fantástico - Planeta Extremo
1ª Parte - http://www.youtube.com/watch?v=4-c_ULWQ9vk&feature=player_embedded#at=12

2ª Parte - http://www.youtube.com/watch?v=_6kegB8yG9s&feature=player_embedded
(http://www.sogeografia.com.br/Curiosidades/?pg=5)

TSUNAMI


1. A abertura causada pelo tremor no leito do mar empurra a água para cima, dando início à onda.

2. A onda gigante então se move nas profundezas do oceano em altíssima velocidade.

3. Na medida em que se aproxima da terra, a onda perde velocidade, no entanto fica mais alta.

4. A onda então avança por terra, arrasando tudo em seu caminho.
(http://www.sogeografia.com.br/Curiosidades/?pg=6)

Quando e como surgiu a camisinha?

Quem reclama de ter que usar camisinha para se proteger de doenças sexualmente transmissíveis e de uma gravidez indesejada deveria agradecer por elas serem como são hoje.
Na Ásia usava-se um envoltório de papel de seda untado com óleo. No Antigo Egito os egípcios já usavam ancestrais de camisinhas não como anticoncepcionais, mas como proteção contra picadas de insetos (durante as caçadas, não no sexo). Elas eram feitas de tecido ou outros materiais porosos pouco eficazes como métodos anticoncepcionais.
Mas, durante a Idade Média, com a disseminação de doenças venéreas na Europa se fazia necessário a invenção de um método mais eficaz. Em 1564, o anatomista e cirurgião Gabrielle Fallopio confeccionou um forro de linho do tamanho do pênis e embebido em ervas. Mais adiante, estes preservativos passaram a ser embebidos em soluções químicas (pretensamente espermicidas) e depois secados.
Foi só no século XVII, que a camisinha ganhou um "toque de classe". O Dr. Quondam, alarmado com o número de filhos ilegítimos do rei Carlos II da Inglaterra (1630-1685), criou um protetor feito com tripa de animais. O ajuste da extremidade aberta era feito com um laço, o que, obviamente, não era muito cômodo, mas o dispositivo fez tanto sucesso que há quem diga que o nome em inglês (condom) seria uma homenagem ao médico. Outros registros indicam que o nome parece vir mesmo do latim "condus" (receptáculo).

A "camisinha-tripa" seguiu sendo usada, até 1839, quando Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização da borracha, fazendo-a flexível a temperatura ambiente. Mas não se anime que a higiene absoluta ainda não nasceu. Nesta época, os preservativos de borracha eram grossos e caros e por isto lavados e reutilizados diversas vezes.
As camisinhas de látex só surgiram em 1880 e daí evoluíram à medida que novos materiais foram desenvolvidos, adicionando novas formas, melhorando a confiabilidade e durabilidade.
Nos anos 90, as novas tecnologias possibilitaram a produção de camisinhas cada vez mais sofisticadas, como as de poliuretano, mais finas e sensíveis.
(http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI131974-EI1426,00.html)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

HABITOS DE TOMAR BANHO E HIGIÊNE

MIL ANOS SEM BANHO
Se você acha que vive o final dos tempos, pense duas vezes, confira a porcalhada que era o mundo do seu tataravô. O artigo é da Veja:
Na escala da história humana, o hálito perfumado, o cabelo sedoso, a axila desodorizada (e depilada, se feminina) são novidades absolutas. A higiene pessoal, tal como é concebida hoje na maioria dos países, só se estabeleceu em efetivo no século XIX. Antes disso, as pessoas não apenas toleravam a sujeira como ainda, muitas vezes, se compraziam com ela. A evolução dos cuidados íntimos deu-se aos trancos, com pequenos avanços seguidos de longos recuos.
Todas as civilizações da Antiguidade deram grande valor ao cuidado com o próprio corpo e com o bem-estar físico, o banho era uma instituição cotidiana, registrada até nos mitos. É claro que o banho não sumiu da paisagem européia da noite para o dia. Existiam as casa de banho, mas s poucos, esses locais foram sendo associados ao pecado e à dissolução dos costumes pagãos. Mais voltado para a interioridade do que o judaísmo, o cristianismo desconfiava de qualquer atenção conferida ao próprio corpo. Místicos mais extremados como São Francisco de Assis consideravam a sujeira um modo de penalizar o próprio corpo, aproximando o espírito de Deus. Na maioria dos conventos e monastérios da Europa medieval, o banho era praticado duas ou três vezes ao ano, em geral às vésperas de festas religiosas como a Páscoa e o Natal. Supõe-se que a média de banhos entre a população que vivia fora do claustro não tenha sido muito superior.
No século XIII o popular Romance de La Rose, poema francês repleto de conselhos eróticos, trazia uma série de recomendações para o asseio feminino. As mulheres deveriam manter unhas, dentes e pele limpos. No século seguinte, jogos eróticos no banho também compareceriam no Decameron, do italiano Giovanni Boccaccio. O prestígio do banho, porém, parece ter sido apenas literário. O cristão europeu médio seguiu lavando o rosto e as mãos antes da refeição e esfregando seus dentes com paninhos – e a tanto se resumia sua higiene pessoal.
A transição para a era moderna não trouxe nenhuma melhora higiênica – pelo contrário, o progressivo inchaço das cidades gerou catástrofes sanitárias. Em Londres, Paris ou Lisboa, a disposição de lixo e de dejetos humanos era feita na rua mesmo. No suntuoso Palácio de Versalhes, um decreto de 1715, baixado pouco antes da morte do rei Luís XIV, estipulava que as fezes seriam retiradas dos corredores uma vez por semana – do que se deduz que o recolhimento era ainda mais esparso antes. Versalhes não tinha banheiros, mas contava com um quarto de banho equipado com uma banheira de mármore encomendada pelo próprio Luís XIV – objeto que serviria apenas à ostentação, caindo no mais absoluto desuso.
Outra crença curiosa do mesmo período diz respeito ao poder purificador da roupa: acreditava-se que o tecido "absorvia" a sujeira do corpo. Bastaria, portanto, trocar de camisa todos os dias para manter-se limpinho. Já no século XIX, o rei português dom João VI – o fujão que estabeleceu sua corte no Rio de Janeiro – mostrava-se descrente até da troca de camisas, que ele literalmente deixava apodrecer no corpo - bem descrita no livro lançado Passado a Limpo – História da Higiene Pessoal no Brasil, do jornalista Eduardo Bueno.
Foi só no século XIX, com a propagação da água encanada e do esgoto e com o desenvolvimento de uma nova indústria da higiene – principalmente nos Estados Unidos –, que o banho foi reabilitado. O século XX prosseguiria com a expansão da higiene. Os desodorantes modernos datam de 1907 e a primeira escova de dentes plástica é dos anos 50. A divulgação de produtos e práticas de higiene pessoal passou a contar com um aliado poderoso: a publicidade. Lançado em 1917, o Kotex, tido como o primeiro absorvente íntimo feminino, foi divulgado em 1946 por um filme de animação produzido pelos estúdios Disney.
A história dos séculos sujos que nos precederam pode ser uma lição moderadora: a humanidade, afinal, sobreviveu a toda essa imundície. As vantagens de viver na era do desodorante e do fio dental mentolado são auto-evidentes, mas convém lembrar sempre a frase de Henry J. Temple, nobre inglês da virada do século XVIII para o XIX: "Sujeira é só matéria fora do lugar.
As invenções mais essenciais da higiene pessoal
Papel higiênico
Por séculos, a limpeza íntima foi feita com folhas, sabugos de milho – ou com a mão. A primeira fábrica de papel higiênico surgiu nos Estados Unidos, em 1857 – e o produto demorou a vencer a resistência do mercado
Banho
Os romanos tinham casas de banho, que caíram em desuso na Europa medieval. A prática de lavar o corpo só seria efetivamente retomada a partir do século XIX. Em 1867, o francês Merry Delabost inventou o chuveiro. Pois é, um francês.
Privada
A primeira privada, ainda muito rudimentar, foi inventada para o uso da rainha Elizabeth I, da Inglaterra, no século XVI. Mas foi em 1884 que o inglês George Jennings criou o modelo moderno, com descarga.
Sabonete
O sabão já era conhecido pelo menos desde o antigo Egito – embora os romanos não o utilizassem. Por muito tempo, porém, foi um artigo de luxo. Sua popularização plena só se deu no século passado, por obra da produção industrializada americana.
Cuidados dentários
As primeiras escovas de dentes datam do século XV, provavelmente inventadas na China. Mas pastas variadas, feitas de vegetais, já eram usadas na limpeza bucal dos antigos egípcios e indianos. As pastas modernas, alcalinas, surgiram nos Estados Unidos, no início do século XX.
HISTORIA SUJA
Grandes personagens que não eram amigos da água
Vasco da Gama (1460-1524)
O navegador português levantou reações enojadas em sua viagem à Índia. Os indianos pediram que ele só falasse com a mão na frente da boca, para conter o bafo
Napoleão (1769-1821)
O imperador era asseado – mas encontrava estímulo erótico no cheiro do corpo. Em uma de suas campanhas militares, escreveu a sua mulher, Josefina: "Retorno a Paris amanhã. Não se lave"
Luís XIV (1638-1715)
O rei francês só tomava banho por ordem médica e vivia no imundo palácio de Versalhes, onde as fezes eram recolhidas dos corredores só uma vez por semana
Dom João VI (1767-1826)
O rei português que instalou sua corte no Rio de Janeiro em 1808 detestava banho e costumava vestir a mesma roupa até que apodrecesse
Isabel (1451-1504)
Relatos palacianos dão conta de que a rainha espanhola que comissionou a viagem de Cristóvão Colombo só tomou dois banhos de corpo inteiro em toda a vida
Fonte: http://www.bizrevolution.com.br/bizrevolution/2007/12/mil-anos-sem-ba.html