sábado, 26 de julho de 2014

CASTORES: CONSTRUTORES DE BARRAGENS


À beira da extinção pelo comércio de peles nos séculos 17 e 18, o castor está voltando com força aos antigos hábitats em toda a América do Norte, alguns vivendo mesmo às portas de grandes cidades, como Montreal.
"Há diques por todo o Canadá e algumas colônias de castores contam com até 100 animais por km²", destaca Jean Thie. "Eles refazem a paisagem",

O objetivo deste pequeno animal é criar reservatórios de água onde possam proteger-se de predadores, fazendo fluir o próprio alimento e os materiais de construção que utilizam. A barragem é uma parte importante de seus lares. Os castores usam lama e madeira pra construir represas nos riachos.
Thie realça: “É um fenómeno único − diques construídos por roedores visíveis do espaço”.
Os castores são mamíferos que podem chegar a pesar 30 quilos e medir até 30 centímetros de altura e 2 metros de comprimento. A gestação desse animalzinho dura cerca de 100 dias, ele se alimenta principalmente de  raízes, galhos, folhas e plantas aquáticas. Um castor é capaz de viver aproximadamente 20 anos e é encontrado na América do Norte, Europa e Ásia.
Além de um construtor talentoso, ele também é um excelente nadador sendo capaz de nadar rapidamente e ficar submerso por até 15 minutos, porém, na terra, ele se movimenta devagar. Assim como as formigas, os castores saem em busca de comida, levam para a toca e fazem estoques para que nos dias frios, eles possam ficar todos juntos dentro de casa.
Os castores possuem uma audição bem desenvolvida, e seus ouvidos tem válvulas que se fecham e evitam a entrada de água. O faro dos castores também é bastante aguçado, e pelo cheiro eles conseguem reconhecer seus parentes e detectar ameaças. Seus dentes da frente são uma ferramenta poderosa, capazes de cortar galhos facilmente. Os olhos dos castores possuem pálpebras transparentes que servem de proteção quando eles estão mergulhando.

MAS, PORQUE ELES CONSTROEM BARRAGENS?

Por serem animais que vivem em família, os castores buscam sempre bons lugares para construir suas casas, por isso eles constroem-nas em margens de rios e lagos ou no meio deles, por serem locais de difícil acesso aos predadores. Suas casas são feitas com pedaços de madeira, pedras e lama, e as represas servem como proteção para elas, pois tem a função de manter a água numa altura mínima, e caso chova demais e o nível da água suba, os castores abrem buracos em suas barricadas como se fosse comportas de uma represa, para que o nível da água continue normalizado, prevenindo que sua casa seja inundada.

A maioria das barragens construídas por castores, ficam no Canadá e Estados Unidos.

Castores constroem barragem de 850 metros no Canadá
Maior obra do mundo natural está em construção desde 1970 e deve terminar daqui a dez anos
Uma barragem construída por castores, a maior do mundo natural, foi descoberta numa região isolada e selvagem do norte do Canadá por um ecologista que utilizou fotos por satélite do site Google Earth.
Situada no Parque Nacional Wood Buffalo, no norte da província de Alberta, a barragem mede 850 m de comprimento, muito maior que a média considerada para um trabalho desse tipo, que não passa, geralmente, de 100 metros no Canadá. Apenas 1 desses diques em 1.000 tem mais de 500 metros de comprimento.
Pude ser afirmado, no entanto, que "é muito antiga. Quando um dique é mais novo, apresenta toras de lenha de corte recente. Neste, a erva cresce, a aparência é de muito verde".

A construção teria começado nos anos 1970, acredita Jean Thie, que a descobriu quando tentava medir, com a ajuda de fotos por satélite, o derretimento do permafrost (a camada constituída por terra, gelo e rochas permanentemente congeladas) no norte do Canadá.
"Várias gerações de castores trabalharam na construção, que continua a aumentar O dique já era visível em fotos da Nasa do início dos anos 90.
Os castores estão construindo outros dois diques de cada lado da barragem principal; em dez anos, as estruturas vão formar uma única barragem, com quase 1 km,
Os valentes castores constroem diques para criar reservatórios de água profundos onde podem se abrigar de predadores, fazendo fluir o próprio alimento e os materiais de construção que utilizam.
Fontes:

Video

ALZHEIMER, QUE DOENÇA É ESSA?


Enquanto na linguagem popular a palavra demência tem a conotação de loucura, em medicina é usada com o significado de declínio adquirido, persistente, em múltiplos domínios das funções cognitivas e não cognitivas. O declínio das funções cognitivas é caracterizado pela dificuldade progressiva em reter memórias recentes, adquirir novos conhecimentos, fazer cálculos numéricos e julgamentos de valor, manter-se alerta, expressar-se na linguagem adequada, manter a motivação e outras capacidades superiores.
Perder funções não cognitivas significa apresentar distúrbios de comportamento que vão da apatia ao isolamento e à agressividade.
Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida. O risco é mais alto em pessoas que têm história familiar de Alzheimer ou outras demências. Há pequeno predomínio da doença entre as mulheres. Para quem chegou aos 65 anos, o risco futuro de surgir Alzheimer é de 12% a 19% no sexo feminino; e de 6% a 10% nos homens.
A aquisição de conhecimentos cria novas conexões entre os neurônios (sinapses) e aumenta a reserva intelectual, fatores que retardam o aparecimento das manifestações de demência. O analfabetismo e a baixa escolaridade estão associados à maior prevalência.
Os doentes apresentam cérebros atrofiados de forma difusa, mas não uniforme; as áreas mais atrofiadas são principalmente as que coordenam atividades intelectuais. As alterações cerebrais precedem as manifestações clínicas por 20 a 40 anos.
Quadro clínico

A população de mulheres e homens com mais de 65 anos é a que mais cresce no Brasil e em outros países. Com o aumento da longevidade, é cada vez mais comum o aparecimento de quadros neuropsiquiátricos caracterizados pelas seguintes manifestações:
* Falta de memória para acontecimentos recentes;
* Repetição da mesma pergunta várias vezes;
* Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
* Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
* Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
* Dificuldade para encontrar palavras que exprimam idéias ou sentimentos pessoais;
* Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

A doença se instala de forma insidiosa, com queixas de dificuldade de memorização e desinteresse pelos acontecimentos diários, sintomas geralmente menosprezados pelo paciente e familiares.
Inicialmente é comprometida a memória de trabalho, memória de curta duração que nos permite exercer a rotina diária. Os pacientes esquecem onde deixaram as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido. Com o tempo, a pessoa larga as tarefas pela metade, esquece o que foi fazer no quarto, deixa o fogão aceso, abre o chuveiro e sai do banheiro, perde-se no caminho de volta para casa.
Caracteristicamente, esses “esquecimentos” se agravam quando o paciente é obrigado a executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. A perda de memória é progressiva e obedece a um gradiente temporal, segundo o qual a incapacidade para lembrar fatos recentes, contrasta com a facilidade para recordar o passado.
As primeiras habilidades perdidas são as mais complexas: manejo das finanças, planejamento de viagens, preparo de refeições. A capacidade de executar atividades mais básicas como vestir-se, cuidar da higiene ou alimentar-se, é perdida mais tardiamente.
Com o tempo a dificuldade de aprendizado se acentua. Quando colocamos o paciente diante de uma lista de palavras e pedimos que as evoque ao terminar de memorizá-las, o desempenho é medíocre.
A linguagem, comprometida discretamente no início do quadro, torna-se vazia, desprovida de significado, embora a fluência possa ser mantida. A orientação espaço-visual se deteriora, criando dificuldade de orientação e de reconhecimento de lugares anteriormente bem conhecidos.
O quadro degenerativo se estende às funções motoras. Andar, subir escadas, vestir-se, executar um gesto sob comando, tornam-se atividades de execução cada vez mais problemática.
A percepção das próprias deficiências, preservada no início, fica gradualmente comprometida. Na fase avançada, mutismo, desorientação espacial, incapacidade de reconhecer faces, de controlar esfíncteres, de realizar as tarefas de rotina, pela alteração do ciclo sono/vigília e pela dependência total de terceiros são sintomas característicos da doença.
Dos primeiros sintomas ao óbito a sobrevida média é de 6 a 9 anos.
Pessoas que apresentem manifestações como essas devem ser acompanhadas de perto, porque uma parcela significativa delas evolui para quadros de demência. Calcula-se que de 10% a 15% das que atingem 65 anos já apresentem sinais da enfermidade. Daí em diante, a prevalência cresce 3% ao ano, até atingir quase 50% das que chegam aos 85 anos.
Entre os quadros de demência, o mais comum é a doença de Alzheimer, descrita em 1907 pelo neurologista alemão Alois Alzheimer. Estima-se que, no mundo, haverá 22 milhões portadores desse mal em 2025.
Estágios
De acordo com a intensidade do quadro degenerativo há três estágios clínicos: leve, moderado ou grave.
Existe grande variabilidade na duração desses estágios. Em alguns casos os sintomas evoluem lentamente possibilitando a manutenção de níveis funcionais razoáveis por muitos anos; em outros, a deterioração é mais rápida, mas ocorre em velocidade constante; em outros, ainda, a doença evolui em surtos de piora seguidos de fases de estabilidade que chegam a durar um ano ou mais.
Os estudos mostram que a duração de cada estágio também é extremamente variável. Em média, o primeiro estágio tem duração de 2 a 10 anos; o segundo, de 1 a 3 anos; e o terceiro, de 8 a 12 anos.
Esses estágios podem ser subdivididos em sete outros, com as seguintes características:
1 – Pré-clínico: silencioso; sem perda cognitiva observável;
2 – Transtorno cognitivo leve: primeiras evidências de perda cognitiva;
3 – Forma leve: esquecimentos; familiares e amigos notam o problema;
4 – Forma moderada: confusão mental; agitação; ansiedade; apatia;
5 – Forma moderadamente grave: não consegue lidar com afazeres pessoais; desorientação no tempo e espaço; dependência;
6 – Forma grave: necessita de cuidados em tempo integral; incontinência urinária e fecal; delírios; obsessões; frequentemente requer internação;
7 – Forma muito grave: perda da fala; incapacidade de locomoção; perda da consciência.
Tratamento medicamentoso

A Alzheimer é uma doença terrível para quem a têm e para quem acompanha, se uma mudança de comportamento pode de alguma maneira ajudar, Vale a pena tentar!
O que fazer para repulsar ou contrariar essa doença?
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Dicas para estimular o cérebro e contrariar o Alzheimer:
- Usar o relógio de pulso no braço direito;
- Escovar os dentes com a mão contrária da de costume;
- Andar pela casa de trás para frente;
- Vestir-se de olhos fechados;
- Estimular o paladar, comer coisas diferentes;
- Ver fotos de cabeça para baixo;
- Ver as horas num espelho;
- Utilizar um novo percurso na deslocação para o trabalho.

Também pode estimular através da leitura, resolução de palavras cruzadas, jogos que exija memória, etc.
São dicas simples que podemos tentar seguir, pelo menos de vez em quando.
Os holandeses costumam afirmar orgulhosos que Deus criou o mundo e os holandeses, a Holanda. Eles fizeram um milagre com seu terreno pantanoso, construindo diques, criando terras férteis e erguendo cidades.

Um teste que pode ser feito em casa e leva menos de 15 minutos para ser finalizado está sendo considerado uma ferramenta confiável para avaliar as habilidades cognitivas de uma pessoa - e assim ajuda a identificar os primeiros sinais de doenças como o Mal de Alzheimer ou uma demência em estágio inicial. O exame consiste em algumas perguntas sobre orientação (como "que dia é hoje?"), linguagem (fluência verbal e capacidade de dar nomes a imagens), raciocínio (capacidade de abstração aliada a cálculos), resolução de problemas e capacidade de lembrar de fatos recentes. Das 1,047 pessoas testadas no centro médico onde o teste foi desenvolvido, 28% tiveram identificado algum índice de comprometimento cognitivo. O teste é feito a pedido de um médico e depois de pronto, devolve para o médico.

Atividade / lazer
Os contatos com plantas, flores, pequenos animais de estimação, entre outras atividades lúdicas, têm sido referidos por diversos pesquisadores como benéficos para portadores de Demência, especialmente aqueles que apresentam alterações de comportamento como agitação e agressividade. A atividade devem ser supervisionadas.

Ver fotos de pessoas queridas é um excelente passatempo, mas escolha fotos que marcaram eventos felizes para evocar lembranças agradáveis. Lembre-se que a memória remota está preservada, e por isso o paciente pode passar agradáveis momentos revendo momentos marcantes da sua vida.  Os filmes antigos também costumam ser bem vindos para aqueles pacientes que gostavam de cinema. Fitas de vídeo, portanto, podem ser excelentes opções de lazer. 

Pacientes bem alimentados, com atividades regulares durante o dia, não costumam “assaltar a geladeira” à noite. O paciente deve receber seis refeições diárias e a dieta leve e fracionada, ou seja, pequenas quantidades de cada vez. Retire os estímulos visuais, como fruteira, baleiros, potes de biscoitos, etc. e mantenha a geladeira limpa.

Leiam mais em:
http://abraz.org.br/sobre-alzheimer/evolucao-da-doenca
http://www.alzheimermed.com.br/