sábado, 26 de março de 2011

COSTUMES NO EGITO

O beijo entre os homens em público, é comum: três beijinhos na face, às vezes bem molhados... Os beijos entre casais são proibidos. A desobediência a essa lei pode levar o indivíduo à delegacia de polícia. Ou à casa do pai da moça, para explicações, se ela não for casada.
Enquanto é proibido o beijo entre casais, para não despertar "imaginações impuras, existe o costume egípcio de os homens andarem de mãos e braços dados. Às vezes, só com o dedo "mindinho". Víamos, no início, com bastante surpresa oficiais ou praças, tanto das Forças Armadas quanto da Polícia, andarem de braços dados, mesmo fardados.
As moças egípcias, em princípio, casam virgens. Não é permitido à moça solteira manter conversa com homens. Nas escolas, os meninos sentam em bancos separados das meninas. Segundo os árabes, "a mulher é uma flor tenra que precisa ser preservada". Por isso o uso do purdah (véu), que esconde os cabelos das mulheres. A mulher muçulmana casada, no Egito, não mostra seus cabelos a não ser para o marido e pessoas da família.
É grande o número de egípcios, de ambos os sexos, que vestem as longas túnicas, as galabeyias, principalmente os da classe mais pobre, como os beduínos que vêm do interior. Há mulheres que vestem galabeyias pretas, que é uma demonstração de fidelidade ao marido. O desconforto deve ser imenso, pelo calor que provoca.
Antes da ocupação francesa, todos os egípcios usavam barba e bigode. Como os franceses tinham o rosto escanhoado, o antigo costume começou a cair em desuso, embora com alguma resistência.
Antigamente, uma punição exemplar para os egípcios era cortar seu bigode à força, o que causava uma vergonha enorme. No tempo dos mamelucos, homens sem bigode não eram tolerados a entrar nas cortes de justiça e criminosos eram forçados a raspar o bigode e mandados a andar no lombo de burros, de costas, pelas ruas da cidade, para aumentar a vergonha. no Egito uma grande quantidade de homens que cultivam seu bigode com bastante esmero. Geralmente são bigodes enormes. Quanto à barba, esta é hoje cultivada, principalmente, pelos sacerdotes coptas e pelos fundamentalistas islâmicos.


As mulheres são extremamente vaidosas, se adornam com colares, pulseiras e brincos enormes, carnavalescos. O uso ostensivo de jóias no Egito é possível pela inexistência de assaltantes. A lei é rigorosa, existe a pena de morte
Os árabes são loucos por perfumes e roupas multicoloridas. Eles usam roupas que no Brasil só se prestariam para pular carnaval. As mulheres usam vestidos super enfeitados, sapatos cheios de cores e brilhos, uma penca de pulseiras de ouro em cada braço, brincos enormes, colares de proporções faraônicas. Os homens também usam camisas e blusas enfeitadas, sapatos floridos, às vezes na cor vermelha berrante ou, até, rosa.
Os táxis andam enfeitados, muitos parecendo uma árvore de Natal ambulante, com luzes piscando e buzinas melódicas entrando madrugada à dentro.
Livro: “Egito – uma viagem ao berço de nossa civilização”, Editora Thesaurus, Brasília, 1995.

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